Com uma malha ferroviária limitada e pouco integrada, e com as hidrovias ainda subutilizadas, o transporte rodoviário nacional responde pela maior parte da movimentação de cargas no país, especialmente quando falamos do trecho final de entrega, conhecido como last mile ou última milha.
Esse segmento da cadeia logística é decisivo para a experiência do cliente, seja no transporte de mercadorias para empresas (B2B), seja para consumidores finais (B2C), principalmente em tempos de e-commerce em expansão.
Garantir eficiência no último trecho significa enfrentar desafios como trânsito urbano, altos custos de combustível, restrições de circulação, além da pressão por prazos cada vez mais curtos. Ao mesmo tempo, trata-se da etapa que mais agrega valor percebido pelo cliente, pois é no momento da entrega que a promessa feita pela empresa se materializa.
Dessa forma, tópicos como os principais aspectos relacionados à eficiência do último trecho, desde os desafios operacionais até as soluções práticas que as empresas podem adotar para transformar a entrega final em uma etapa que de fato irá agregar valor é o que você irá encontrar neste texto.
A importância do último trecho na cadeia logística
O último trecho da cadeia logística é, muitas vezes, o mais caro e o mais crítico. Isso ocorre porque, diferentemente das etapas anteriores, em que as cargas percorrem longos percursos, no último trecho a operação tende a ser fracionada, com várias entregas em diferentes destinos, exigindo maior tempo, rotas diversificadas e maior consumo de recursos.
Além disso, é nesse momento que a empresa tem contato direto com o cliente. Uma entrega rápida, no prazo e sem avarias pode consolidar a imagem da marca, enquanto atrasos, falhas ou erros podem comprometer meses de relacionamento.
Portanto, garantir a eficiência nesse processo não é apenas uma questão de economia, mas também de reputação e competitividade.
Os desafios do último trecho no transporte rodoviário nacional
Garantir eficiência no último trecho exige enfrentar uma série de obstáculos que vão além da simples movimentação da carga no território nacional. Entre os principais desafios, destacam-se:
- Trânsito urbano e restrições de circulação: nas grandes cidades como São Paulo, por exemplo, congestionamentos podem aumentar os custos e o tempo das entregas. Além disso, veículos de carga sofrem com restrições de horários e áreas de circulação, o que exige planejamento preciso para evitar atrasos nas entregas.
- Custos operacionais elevados: o last mile demanda maior consumo de combustível, desgaste da frota e custos adicionais com mão de obra. Como as entregas são pulverizadas, o custo por quilômetro rodado tende a ser superior em comparação ao transporte de longa distância.
- Expectativa do cliente: o comportamento do cliente mudou. Não importa se os clientes são empresas ou pessoas físicas, ambos exigem entregas rápidas, muitas vezes no mesmo dia ou no dia seguinte. Essa pressão por agilidade coloca ainda mais desafios na operação rodoviária.
- Gestão da complexidade logística: cada entrega tem características diferentes: prazos específicos, volumes distintos, condições de manuseio particulares. Conciliar tudo isso sem falhas exige sistemas integrados e processos bem alinhados.
- Segurança da carga: roubos de carga, avarias e extravios ainda são problemas no transporte rodoviário nacional, principalmente em centros urbanos e rotas estratégicas. A falta de segurança impacta diretamente a confiabilidade da operação.
Boas práticas para garantir eficiência no último trecho
Apesar dos desafios, existem diversas estratégias e ferramentas que podem transformar o transporte rodoviário nacional em um processo mais eficiente, especialmente no último trecho.
Planejamento de rotas e rastreamento em tempo real
O uso de softwares de roteirização é indispensável para otimizar trajetos, reduzir quilometragem desnecessária, evitar áreas de restrição de circulação e/ou de horário e prever o tempo estimado de entrega.
O planejamento de rotas não apenas reduz custos, mas também melhora a previsibilidade da operação.
Já as tecnologias de rastreamento permitem acompanhar cada veículo e carga em tempo real, identificando possíveis atrasos, podendo ainda redirecionar a operação quando necessário.
Além disso, elas oferecem maior transparência para o cliente, que pode acompanhar sua entrega.
Centros de distribuição em pontos estratégicos
A descentralização dos estoques, com a criação de centros de distribuição próximos aos consumidores, reduz a distância entre o produto e o cliente, tornando as entregas mais rápidas e econômicas.
Essa estratégia é cada vez mais comum no e-commerce e no setor de alimentos e bebidas.
Fracionamento adequado
Agrupar entregas próximas em uma mesma rota e utilizar veículos adequados ao volume da carga são medidas mais que necessárias.
Muitas empresas perdem eficiência ao usar caminhões grandes em rotas com pouca demanda, quando veículos menores poderiam reduzir custos e facilitar a circulação.
Utilização de indicadores de desempenho
Para medir a eficiência do transporte rodoviário nacional no último trecho, é essencial acompanhar alguns indicadores-chave, como:
- OTD (On Time Delivery): percentual de entregas realizadas dentro do prazo.
- Custo por entrega: mede o impacto financeiro de cada entrega realizada.
- Taxa de primeira tentativa de entrega: avalia quantas entregas foram concluídas sem necessidade de retorno.
- Índice de satisfação do cliente: mede a percepção do consumidor em relação ao serviço prestado.
O acompanhamento desses indicadores permite identificar possíveis gargalos nas operações e ainda possibilita realizar ajustes contínuos.
A importância da experiência do cliente no último trecho
Um dos maiores diferenciais do transporte rodoviário no último trecho é a experiência proporcionada ao cliente. Independentemente da eficiência de toda a cadeia logística, é na entrega que o cliente forma sua percepção final da empresa.
Atrasos, extravios ou problemas de comunicação podem comprometer anos de construção de imagem.
Por outro lado, entregas rápidas, pontuais e bem comunicadas geram fidelização e podem até justificar preços mais elevados.
O papel da tecnologia na transformação do último trecho
A digitalização da logística trouxe novas ferramentas que revolucionaram o transporte rodoviário nacional. Vamos colocar aqui algumas delas:
- Sistema de Gestão de Transporte (TMS): um TMS possibilita controlar toda a operação de ponta a ponta, desde o planejamento de rotas até o monitoramento da entrega. Ele ainda possibilita a geração de relatórios que ajudam a identificar gargalos e oportunidades de melhoria.
- Aplicativos de acompanhamento: oferecer aplicativos ou links de rastreamento para os clientes aumenta a confiança e reduz chamadas de suporte para saber o status da entrega. Essa prática, além de melhorar a experiência, libera recursos internos da empresa.
- Inteligência Artificial e análise de dados: ferramentas de IA já são utilizadas para prever demandas, otimizar rotas com base em dados históricos e até antecipar problemas de manutenção da frota. A análise preditiva ajuda a planejar com mais precisão e reduzir riscos.
- Internet das Coisas (IoT): sensores em veículos e cargas permitem monitorar condições como temperatura, vibração e localização em tempo real, assegurando maior controle e qualidade da operação.
O papel das pessoas na eficiência logística do último trecho
Apesar dos avanços tecnológicos, o transporte rodoviário nacional continua altamente dependente das pessoas envolvidas: motoristas, operadores logísticos, gestores e equipes de apoio.
Investir em capacitação e boas condições de trabalho é essencial para manter a qualidade do serviço.
Motoristas bem treinados, por exemplo, são capazes de reduzir riscos de acidentes, evitar desperdícios relacionados ao consumo de combustível e representar a empresa de forma positiva no contato com o cliente final.
Transporte rodoviário nacional é com a Conexo
Na Conexo Logistics, oferecemos serviços de transporte rodoviário nacional reconhecidos pela eficiência e confiabilidade.
Nosso serviço de transporte rodoviário nacional compreende:
- Transporte nacional FTL/LTL
- Importações em regime de Trânsito Aduaneiro (DTA)
- Transporte especializado para cargas excedentes;
- Serviços retroportuários;
- Armazenagem para otimização de operações de recebimento e distribuição de cargas de importação e exportação.
Entre em contato conosco para conhecer melhor o nosso serviço!