No último mês de junho, com ampla divulgação, foi anunciado o acordo de livre comércio entre o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União Europeia (UE).
Segundo dados do Ministério da Economia e Relações Exteriores, este acordo abrangerá aproximadamente 25% do PIB mundial e um alcance mercadológico de 780 milhões de pessoas. Ainda, segundo o governo brasileiro, o acordo abrangerá temas tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras governamentais, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual.
Os exportadores brasileiros terão acesso ao mercado europeu e vantagens competitivas com a eliminação de 100% das tarifas de importação para grande parte de seus produtos, outros, como as commodities sensíveis o aumento de cotas de acesso, sendo que para o mercado inverso também se passará o mesmo.
Ressalta-se que ainda há um cronograma político e operacional importante a ser seguido, como as aprovações por parte do todos os congressos dos países membros; Algumas previsões são de que poderá levar de dois a quatro anos para as tramitações congressistas, mais o período de desgravação das tarifas de importação para produtos mais sensíveis negociados, que terão etapas estipuladas de 0 até 15 anos, ou seja, alguns produtos serão beneficiados com alíquota ZERO assim que o acordo for aprovado e outros, terão a redução gradual e em etapas, para acomodação das empresas e produtos a nova realidade dos mercados.
Fabio Belau
Diretor Geral - CONEXO