Fonte: Assintecal
A comitiva que esteve em viagem oficial à Argentina, durante
a Reunião do Mercosul em que o Brasil assumiu a presidência temporária do
grupo, voltou com um importante acordo comercial na bagagem. O governo
brasileiro firmou no dia 21 de julho, em Mendoza, na Argentina, o Acordo de
Complementação Econômica (ACE) entre o Mercosul e a Colômbia que reduzirá a
zero as tarifas de importação de 97% dos itens da pauta comercial, a partir de
janeiro de 2018. Segundo o ministro Marcos Pereira, da Indústria, Comércio Exterior
e Serviços (MDIC), o novo instrumento permite o cancelamento das alíquotas de
impostos de importação aplicada aos setores têxtil, automotivo e siderúrgico.
Este acordo vai beneficiar as exportações brasileiras porque melhorará as
condições de acesso do Brasil ao mercado colombiano e outros países, disse.
A Colômbia é o terceiro maior mercado da América do Sul e
sua indústria de moda vem se fortalecendo nos últimos anos. Segundo pesquisa
apresentada pela Euromonitor em 2015, de 2009 a 2014, a Colômbia teve um
crescimento de 5,5% em volume de vendas no setor de vestuário e calçados, maior
que do México (4,9%), Brasil (3,3%) e Argentina (3,4%). Com a nova política
anti-imigração dos Estados Unidos, que tem afetado diretamente o México, a
Colômbia, que depois do Brasil é o principal produtor têxtil sul-americano,
pretende aproveitar a oportunidade para expandir suas exportações de vestuário
para o mercado norte-americano. A indústria têxtil brasileira, por sua vez,
poderá se beneficiar da plataforma colombiana de confecções, aumentando a
comercialização de tecidos, aviamentos e outros insumos. Segundo Inexmoda Instituto para Exportação
e Moda da Colômbia, os principais produtos colombianos exportados para os EUA
são moda praia, roupa esportiva, moda íntima e jeanswaer, que recentemente vem
despertando o interesse dos compradores norte-americanos.
(Leia na íntegra)